Dizem que a grende maioria que estuda não gosta da chamada "Voltas às Aulas". Eu particularmente não lhes tiro a razão. Afinal depois de passerem alguns meses em deliciosas ociosidades, curtindo praias, festas, virada de ano e belas mulheres desfilando seus corpos esculturais (alguns) ou mesmo homens fazendo o mesmo, tudo isto embalado em clima de descontração e alegria, se vêem obrigados a voltar a estudar (para garantir seus futuros é o que ouvem). Quem consegue manter o bom humor em uma situação assim?
De um hora pra outra, são tirados do paraíso e jogados novamente no mundo das normas. Trocam as roupas de praia por uniformes (nem sempre), as noites de festas por madrugadas de estudos, os filmes, barzinhos e baladas, por provas, testes e aquelas mstérias que insistem em não entrar em suas cabeças. Realmente se pararmos para pensar, não dá para querer ouvir gritos de felicidade dizendo: "Até que enfim as aulas voltaram. Viva a geometria analítica!" Ou: "Adoro álgebra, cálculo diferencial e amo fórmulas de tal forma que cheguei a tatuá-las em meu braço!" ("dai tirei zero porque a professora achou que eu estava colando").
Na realidade, o mundo em que vivemos é regido por regras, padrões, onde os participantes podem vencer (sendo aprovados), ou perder e ter que repetir o ano. Se encararmos a escola como um desafio, demonstrando que somos inteligentes o suficiente para superarmos suas feses (digo seus semestres), poderemos assim mostrar nosso valor, superar nossos limites e ainda aprender muitas coisas interessantes, mesmo que tenhamos de nos sujeitar a aprender muita coisa inútil...
Sem falar que as escolas são ótimos lugares para se fazer amigos, "paquerar" e ficar por dentro de tudo que diz respeito ao universo jovem. Só peço que fiquem longe das drogas, porque se fosse pra fazer coisas burras como se drogar não haveria necessidade de se estudar, não é? Sei que muitos dos "ídolos" que andam por aí, ganhando milhões, não têm muito estudo. Mas se pensarmos que de cada dez pessoas que estudam, uma média de seis a oito delas conseguem emprego, e que das milhares de outras que não estudam, passando o dia jogando bola, pode-se dizer que 99,9% (não é certo) delas acabam em favelas, sem emprego e na miséria (é a realidade!).
Mas pensem bem, pois na escola, quando erramos, podemos tentar novamente, porém na vida nem sempre temos outra chance!
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