quarta-feira, setembro 01, 2010

O fim do Vestibular??


Para começar a entender o vestibular, precisamos liquidar o mito de que é possível acabar com ele. E, também, entender que, quanto mais avançado o país, mais furiosamente competitivo é o acesso às boas escolas, pois passam a ser mais decisivas no futuro do candidato. Na passagem do segundo para o terceiro grau há um estreitamento (mesmo nos países ricos). Ora, se há mais candidatos do que vagas, como decidir? Duelos ou sorteios? Melhor escolher os alunos mais bem preparados. Portanto, não há como evitar algum critério meritocrático.
Qual o critério mais justo e menos traumático? O Brasil está à frente da maioria das nações, pois, em um país de cartórios e afilhados, no ensino superior não se entra por jeitinho, amizade ou suborno. Na França e na Argentina há outro sistema: entram todos os que têm diploma de segundo grau. Mas o primeiro ano a metade é podada. Não é um método melhor.
O vestibular é acusado de ser um momento único, um tudo ou nada. Uma dor de barriga ou de cotovelo poria a perder um ano de esforço. Exames “a prestação” estão sendo tentados, com aparente sucesso. Mas é preciso estar em uma escola participante para ir fazendo as provas. Como solução única, peca pela falta de equidade, pois prejudica os alunos de outros estabelecimentos.
O vestibular convencional exerce duas funções: descobre quem sabe mais e distribui os alunos pelas instituições e carreiras, de acordo com as notas. A primeira função é boa e indispensável. A segunda, mandona e dispensável. Com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), recém-criado pelo MEC, mede-se o que sabe o aluno e cada instituição usa esse resultado como quer, combinando-o com que outras provas desejar.
No final, o grande tema é só um: a sociedade esta cada vez mais priorizando o aprendizado.

 O que você acha com relação a isso?

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